Café com Anime - Zombieland Saga episódio 9


Preparem os seus motores, pois eis que chega o Café com Anime do episódio 9 de Zombieland Saga, estrelando ninguém mais, ninguém menos, que nossa líder de gangue de motociclistas preferida, Saki.

Eu já apresentei o projeto Café com Anime anteriormente, mas para os desavisados, eu, Gato de Ulthar, juntamente com outros amigos blogueiros, estamos realizando análises semanais de animes da temporada, a medida que os episódios forem saindo, tudo em forma de conversa entre os participantes. 

Se você tem interesse em conhecer nossas expectativas para esta temporada, leia nosso post introdutório:

Nesta temporada, o Dissidência Pop ficou responsável por publicar nossas conversas sobre o anime Zombieland Saga, enquanto o É Só Um Desenho, desta vez, ficou responsável pelo anime Yagate Kini no Naru, o shoujo-ai da temporada. Já o Finisgeekis cobrirá o anime Irozuku Sekai no Ashita Kara, um primor visual com toques de magia bem sutis. E no Anime21, continuaremos com nossas discussões sobre Banana Fish, adaptação de um mangá clássico dos anos 80.

Gato de Ulthar

Zombieland Saga definitivamente não está decepcionando, e esse anime foi muito além das minhas vagas expectativas iniciais. Depois do ótimo episódio passado, o nível não caiu e tivemos outro tijolaço em forma de anime, desta vez tivemos o prazer de ver a Saki, a motoqueira transviada, brilha em toda a sua glória e fogo!
Não tivemos nada tão chamativo como a transexualidade da Lilly, mas isso não foi ruim, pois até podemos analisar o episódio em todos as suas nuances.
Não tivemos um "feel" tão kawaii como no episódio passado, já que isso nem combinaria com nossa heroína motoqueira, mas uma aventura eletrizante e repleta de fortes e acaloradas emoções.
Acertamos em cheio no Café passado de como seria o drama da Saki, mas não foi grande mérito acertar que teríamos um conflito geracional, já que esse era o mais plausível de todas as possibilidades. Fiz alguns paralelos enquanto assistia esse episódio, em especial sobre o jeito no qual a Saki morreu, em uma "chicken race", competição perigosíssima imortalizada por James Dean no filme Rebelde sem Causa, só que no caso dele, foram usados carros ao invés de motocicletas e não foi ele que morreu, mas o espírito foi o mesmo: E o mais legal, a Saki é uma personificação japonesa do James Dean, tanto o seu personagem no filme como o próprio na vida real! Já que ele também morreu em um acidente automobilístico em sua juventude. Ou seja, a Saki é um bom exemplo da rebeldia e angustias da juventude. Não vou me estender nesse assunto aqui, pois quero discuti-lo mais a fundo posteriormente.
E uma nota aleatória, esse movimento das gangues femininas é muito bacana, acho essas motos muito legais :smiley:
Isso sem falar da sua amiga de gangue, a qual mostrou que mesmo uma dona de casa e mãe pode ser corajosa, já que o que basta é a atitude, não os meios.

Vinicius Marino

Discutir esse episódio é um esforço para mim, pois só tenho desprezo a gangues como essas. Aquelas garotas não estavam segurando pás e motosserras porque queriam construir um jardim. Essa corja é criminosa e perpetra todo tipo de crime violento. Rachas, também, são legais na tela do cinema, mas na vida real matam pessoas. Inclusive inocentes pegos no caminho. Um amigo meu já foi testemunha no caso de uma vítima de uma dessas apostas. O carro saiu de controle e bateu no dela, que rodava perto.
A “mensagem” final também não podia ser mais desconcertante. Em vez de vermos a jovem delinquente trazida ao juízo pela mãe regenerada, vemos a mãe voltar a ser delinquente. E resolver as coisas na porrada, porque sim mano. Afinal, o Dorami trouxe muitas coisas boas a sua vida. Tipo matar sua amiga.
Mas esse Café não é sobre o que eu penso. E eu não sou daqueles que acha que uma obra deve se conformar aos meus valores pra ser boa. Então vou dizer apenas que, para o que se propôs, o episódio foi uma montanha-russa de emoções. Não sei o que me impressionou mais: o flashback dos últimos dias da Saki ou o show final. É, de fato, um hino a uma antissocial que decide viver um dia por vez.
Também gosto como Zombieland nunca abre mão do sarcasmo, mesmo nos seus episódios mais sérios. A tomada das três bobocas metidas a durona foi de rachar o bico. Destaque para essa CDF de óculos que parece imitar um peixe. Que meda!

Gato de Ulthar

Só uma nota histórica, o anime não fez jus ao que eram essas gangues femininas. Motosserras? Dezenas de pessoas espancadas? Rachas? Nada disso! Era mais atitude do que qualquer outra coisa, além do estilo de vestir e enfeitar as motos.
Eram raros qualquer tipos de delitos, no máximo pequenas contravenções. Mas no anime isso tudo ficou legal, e é o que importa mesmo.
Elas eram mais perigosas para a "moral pública" do que para os outros. Bullying era o pior de seus crimes, além de um ou outro furto de um pacote de bolachas na conveniência da esquina. Não que isso tudo seja defensável, mas acho importante contextualizar um pouco o tema.
Se alguém tiver interesse, um dos meus redatores, o Gabriel Yuji, escreveu o texto SUKEBAN DEKA: FEMINILIDADE, JUVENTUDE E REBELDIA, onde ele aborda e expõe as origens e implicações sociais desse fenômeno rebelde: http://dissidenciapop.blogspot.com/2018/09/sukeban-deka-feminilidade-juventude-e.html
As várias versões de Sukeban Deka (da esquerda para a direita): a segunda versão do mangá, de 1987; a terceira republicação, de 1995; e o...

Vinicius Marino

Eu supunha que esse tipo de coisa não fosse tão grave no Japão (Durarara já havia me passado uma impressão similar).
Porém (e sei que isso não é unanimidade) também acho que críticos não precisam se eximir de julgar o que assistem à luz de sua experiência. Se isso funciona para os japoneses, bom para os japoneses. Não funciona para mim. Eu vivo em um país em que existem rachas e gangues violentas de motoqueiros. Quando vejo uma pessoa ameaçando outra com uma arma branca em público não penso em como é legal ser rebelde.
Mas enfim, chega de falar de mim. O episódio foi muito bom, e faríamos um desserviço estragando-o com os meus preconceitos.

Diego

A questão da romantização da violência é uma que dá bastante pano pra manga. Por um lado, é algo que vemos a rodo em praticamente toda ficção. Nesse sentido, romantizar gangues femininas de colegiais não me soa como muito distinto de romantizar o tráfico, a máfia, mesmo a pirataria. Uma forma de subversão controlada, por assim dizer. Por outro, sempre dá pra discutir até que ponto essa romantização é defensável ou desejável.
Sobre o episódio em si, uma crítica que eu faço é como o anime não realmente soube trabalhar com a sua "rebelde sem causa" da vez. A Maria meio que se torna uma delinquente "do nada", e enquanto o flashback mostra ela se afastando da mãe, nunca vemos porquê se deu esse afastamento em primeiro lugar. Só "adolescência"? Se sim, é uma desculpa bem pobre, francamente falando.
Ao menos foi um episódio engraçado. E nesse sentido, muito bem vindo. Os últimos dois episódios foram bem mais feels do que a série até então, e nós mesmo conjecturamos que este também o seria. Mas o retorno à comédia non sense, sobretudo no começo, foi uma boa forma do anime nos mostrar que não perdeu seu espírito, e que pretende se manter uma comédia até o final, apenas uma com momentos de emoção.

Gato de Ulthar

Mas se a Maria tivesse uma "causa" ela não seria uma rebelde sem "causa" :stuck_out_tongue:
Esses movimentos de adolescentes japoneses foram frutos de desconfortos sociais advindas da explosão da bolha econômica e da ocidentalização repentina do Japão, só achei um tanto anacrônico o anime, já que nem sei se esse tipo de gangue existe atualmente, e tendo a achar que não, a não ser alguns revivalistas que gostam de emular comportamentos do passado, mais aí a história é outra e não cabe criticar o anime por não condizer com eventos reais.
E fiquei surpreso com o fato da Saki ter morrido só em 97, mas pistas já tinha sido dadas nesse sentido, já que em alguns episódios anteriores ela já havia mencionado seu bichinho virtual, que é bem desta época.
E só a fins de curiosidade, dentro dessa marginalidade juvenil japonesa que teve seu auge nos anos 70/80, o nicho motociclístico dela era chamado de Bōsōzoku, que teve seu declínio na década de 90, então o anime mais ou menos mostrou a Saki como a "última heroína motoqueira" em uma época que essa subcultura já estava em decadência.
Um rápido e fugaz brilho. Incrivelmente ela me lembrou Mishima, o famoso escritor japonês que cometeu o suicídio ritual dos samurais na década de setenta, sendo considerado o último dos samurais em uma era que eles já não existiam mais.

Vinicius Marino

Sobre o ponto do Diego: Se a violência fosse justificada - como resultado de peer pressure, trauma, resposta a injustiça ou violência maior - isso mudaria completamente o tom. Nós torcemos por super heróis, muito embora sejam vigilantes. Torcemos para a Carrie no filme clássico, a despeito de ser uma monstra assassina. Eu meio que esperava algo do tipo da menina que a Saki ajuda e fiquei surpreso por não encontrar. 
Isso teria tornado o conflito moral da sua mãe muito maior. Ela poderia, por exemplo, se tornar o problema contra que tanto lutou. Traumatizada por crescer sem mãe, virou uma mãe helicóptero, criando uma filha igualmente rebelde. 
Em vez disso, tivemos a epifanía de que mãe boa é a que distribui sopapo. O que é um jeito bem... Adolescente de encarar o mundo adulto. Que tem certa poesia na sua ingenuidade.
Mesmo a "desculpa" oferecida pelo anime - i.e. Ela é "fraca" e não inspira segurança - poderia ter sido explorada nesse sentido. Força, afinal de contas, não é sinônimo de força física. Caráter, firmeza e perseverança também moldam um indivíduo. After the Rain mostrou esse conflito com sucesso em relação a Kondo, o gerente de meia idade que não desperta respeito dos subordinados. 

Gato de Ulthar

Eu entendi de maneira diversa, esse mote de chamar a mãe de "fraca" é plenamente plausível quando temos uma situação de que a filha muito provavelmente ao longo de sua formação foi descobrindo que a mãe era uma líder de gangue e que tem uma motocicleta tunada na garagem! Quantas mães vocês conhecem assim? A Maria simplesmente não conseguiu aceitar que a mãe passou de uma heroína rebelde para uma dona de casa. É natural menosprezar as mulheres que trabalham no lar e criam seus filhos, esse é um preconceito recorrente entre maridos e filhos, a menina não entendeu que essa foi uma evolução de um estado de rebeldia adolescente para uma vida estável, com os seus próprios problemas e desafios muitas vezes maiores do que os enfrentados nas ruas. E não é questão de que uma mãe boa distribui sopapo, mas que uma mãe boa faz tudo para proteger seus filhos, e se precisar enfrentar alguém para isso ela irá enfrentar!

Fábio "Mexicano"

Adolescentes não precisam de justificativa para virar isso ou aquilo. Esse tipo de transformação faz parte da busca por identidade que é inerente a essa fase da vida. Às vezes pode haver justificativa para que um jovem escolha esse ou aquele caminho, mas na maioria das vezes é só pretexto mesmo.
Deem uma olhada nessa colagem:

Fábio "Mexicano"

Na direita, nosso conhecido Zombieland Saga. Na esquerda, Kamikaze Girls, filme de 2004.
Não acho que as histórias tenham muito em comum, mas nesse tema que discutimos agora há comparações úteis.
Em Kamikaze Girls há duas protagonistas, as duas adolescentes. Uma lolita (as lolitas japonesas, aquelas garotas que vestem roupas vagamente inspiradas na França e Inglaterra dos séculos 18 e 19) e uma de gangue de moto, como a Saki. A lolita simplesmente descobriu a estética um dia e decidiu ser assim a partir de então. A garota de gangue sofria bullying na escola, um dia sob pressão fugiu de casa e no caminho encontrou uma gangue de motoqueiras e decidiu ser forte como a líder delas.
Para adolescentes, a coisa é simples assim. Por isso não havia necessidade de mostrar a transição da Maria, porque provavelmente não houve nenhuma. Deve ter sido de um dia pro outro mesmo, como sua mãe percebeu. Mas o Vinicius está certo quando diz que isso poderia ter sido explorado para melhorar a carga dramática ou mudar a mensagem do episódio.

Fábio "Mexicano"

Quanto à romantização da violência, acho que, com a devida contextualização, é razoável se criticar sim. Existe violência boa no Brasil? Na América Latina? Nos EUA, outro grande mercado de exportação de animes? Não, não e não. Mas talvez faça sucesso na França, onde é bonito destruir propriedade pública e privada para protestar. E para comemorar também. Enfim, na França deve ser ok.
E no Japão, em termos. No auge das gangues de motoqueiros, elas eram sim criminosas. Às vezes aliadas, às vezes braços da Yakuza. Mas a Saki não é dessa época, ela é da década de 1990, quando, por causa da estagnação econômica após o estouro da bolha, surgiram movimentos revivalistas, como o Gato disse. Elas não eram perigosas assim, mas mesmo o pouco que faziam não pode ser menosprezado. Não é porque não andassem armados e assassinassem pessoas que tudo o que faziam era ok. Bullying é um problema gravíssimo no Japão, e sim, essas gangues são uma enorme associação de bullyies, pra começo de conversa.

Diego

De fato, o bullying no Japão não deve ser menosprezado, especialmente nessa época do final dos anos 90, onde ele era sinônimo de espancamentos e extorsões, muitas vezes com a conivência da escola, que não queria se intrometer nessas "coisas de crianças", como era visto. Há - dentre todas as coisas possíveis - uma música de vocaloid com uma frase que resume bem a situação. A música chama "chilledren", e a frase diz algo como "quando a violência e a chantagem são imaturas, podemos resolver tudo alegando bullying".

Gato de Ulthar

Entrar no tema da romantização da violência é um tema bastante espinhoso, eu particularmente não vejo muitos problemas nisso. E por exemplo, eu curto bastante Initial D, e isso faz muitos anos, e não vou deixar de admirar a série por se tratar de corridas ilegais que são potencialmente perigosas para transeuntes.
Ao meu ver, em certos contexto a violência pode ser tida como positiva, ou nem isso, nem quero chamar a violência de positiva, pois ela nunca é, mas pode ser definida apenas como algo necessário na contextualização de uma obra, como no caso de um movimento revolucionário por exemplo, seria o mesmo que fazer um ovo sem quebrar a casca. Mas quero conversar sobre outro ponto.
No contexto do anime as gangues de motocicletas eram originalmente problemáticas, praticando furtos, extorsões e alguns membros indo parar na yakusa, como o próprio Fábio disse, mas isso não era tão comum. Por exemplo, nas gangues de motociclistas dos EUA elas próprias mexiam com tráfico de drogas e de armas, o que não acontecia no Japão. E na época da Saki, 1997, o movimento era apenas um revivalismo de um pessoal que não aceitou a derrocada de um estilo de vida.
O movimento Bozozoku acabou virando o movimento Kyushakai, que pode ser comparado ao nossos modernos moto-clubes que temos nos EUA e mesmo no Brasil, como o Abutre's Moto Clube, que é o maior do país. ou seja, manteve-se o visual e estética e uniu-se pessoas que gostam de motocicletas.
E se for ver, a maioria dos membros do Kyushakai são pessoas que já passaram da adolescência e outras bem mais velhas, a mesma coisa com nossos clubes de motoqueiros, onde a maioria é composta por pessoas mais "maduras" por assim dizer.
Zombieland Saga se mostrou totalmente ficcional neste aspecto. Se fosse trazer o anime para mais perto da realidade do que foram as gangues de motocicleta, o anime poderia ter encaixado a Maria dentro desse revivalismo inócuo e talvez ter trabalhado o fato dela querer ser uma rebelde em uma realidade onde não há mais espaço para isso.
O que acham?

Fábio "Mexicano"

Mas a Maria era totalmente isso. O anime a retratou de forma patética, porque, como é apenas uma imitação, ela é, de certo modo, patética mesmo. Reiko, sua mãe, teve um motivo para se tornar uma rebelde: seus pais se separaram, sua vida em casa não era fácil nem "normal", como ela mesma disse. Ela queria que a sua filha tivesse mais oportunidades do que ela. E ela conseguiu, mas mesmo assim a Maria rejeitou tudo isso para arranjar uma motoneta cor-de-rosa e brincar de motoqueira. É patético, desse ponto de vista.
Ao mesmo tempo, ser uma motoqueira de gangue deixou de ser uma associação criminosa ou um movimento de contra-cultura. Foi absorvido pela sociedade, e se tornou só uma estética, um estilo de vida. Foi domesticado. O anime não toca diretamente nesses pontos, mas a forma como ele retrata as motoqueiras (e como a Saki, de todas as pessoas, reconheceu que ficar brincando com a morte é fraqueza, e não coragem) se alinha com isso.

Diego

A Maria talvez, mas a gangue rival ainda era bastante "tradicional". Ou no mínimo aquelas motosserras não eram pra cortar pão!

Fábio "Mexicano"

Acho que gangues tradicionais não tinham motosserras :stuck_out_tongue:

Gato de Ulthar

Acho que nenhuma gangue tinham motosserras, nem a Yakusa... ::P Mas esse é o ponto, não teria sido melhor simplesmente retratar como é hoje em dia?

Diego

Eu me pergunto onde as meninas conseguem seus equipamentos... Fora as motos... Elas tem o que, uns 16 anos? Já podem dirigir moto com essa idade? Já conseguem comprar motos com essa idade?!

Fábio "Mexicano"

Se é pra ser só estética, e se Zombieland é esse anime over the top que a gente ama, motosserras são ok. Abaixo o realismo!

Gato de Ulthar

Acho que nem vale a pena pensar seriamente neste aspecto Diego :stuck_out_tongue: Nem zumbis são para fazer sentido!
Motosserras são o de menos!
E depois de ver zumbis levando um raio e soltando lasers, tudo se torna banal e corriqueiro.

Vinicius Marino

Mas os lasers diziam alguma coisa. Ou, pelo menos, não interferiam com a mensagem. Nesse episódio, foi tanta coisa misturada que eu honestamente não sei o que deveria pensar.
Por exemplo: ao contrário do Fábio, não entendi que a Saki reconheceu que "ficar brincando com a morte é fraqueza". Pelo contrário, ela termina o episódio literalmente cantando que é legal morrer, desde que seja com atitude:

Diego

Aliás, pelo visto agora todo episódio vai terminar com um show que se liga à personagem foco, né? Vai ser interessante ver como vai ser o show da hostess no próximo episódio.

Vinicius Marino

Eu fico me perguntando porque raios ela está no anime, na verdade. É alguém que morreu há tanto tempo que já desencanou de tudo. Ela já aceitou que está morta e que o que vier é lucro. Não parece feels material para mim :stuck_out_tongue:

Fábio "Mexicano"

Bom, a Saki também não foi

Diego

Acho que nenhuma garota parecia particularmente feita para entregar feels :stuck_out_tongue:

Vinicius Marino

Devo dizer que isso violou minhas expectativas. Não de uma forma negativa. O episódio, como dissemos, continuou excelente. Mas não posso dizer que já não ansiava por um final Angel Beats.
Agora, não sei muito o que esperar.

Gato de Ulthar

Se tratando da Yuugiri acho que dá para ser um "feels material" bem convincente, como por exemplo se o episódio dar o enfoque certeiro da amizade delas no presente, seria mais interessante se ficasse de certa maneira evidente que o estado delas é passageiro e etc...

Fábio "Mexicano"

Mas isso ainda iria erodir a hipótese de que elas, como almas penadas japonesas, estão lá para resolver assuntos pendentes. No caso da Saki já é preciso fazer uma ginástica mental para explicar nesses termos, mas é possível.

Gato de Ulthar

É complicado antever o que vai acontecer em Zombieland Saga, mas falando francamente, o que vocês acham que vai acontecer? Elas vão simplesmente morrer de vez e sumir ou ficarão pela Terra mesmo?

Fábio "Mexicano"

Já quer prever o fim do anime? Bom, no longo prazo todos estaremos mortos, né? :smile: Com sorte, mortos-vivos, como elas!
Enfim, falando sério, do que seria uma "trama central", a história da Sakura ou da Tae ou do Koutarou (ou dos três juntos e misturados), não tivemos mais pista nenhuma, então estamos no mesmo ponto quanto a isso. A especulação sobre a comparação com histórias de espíritos apegados ao mundo, no estilo japonês, pode não passar de ginástica mental por tudo o que sabemos. Elas não parecem que vão "revitalizar" Saga também, aliás, Saga não parece ter o que ser revitalizado em primeiro lugar. Então ... o que será, não é mesmo?

Diego

Acho que a grande pergunta é: esse anime está ligado a alguma outra "coisa"? Ou melhor dizendo, a algum gacha, grupo idol, jogo mobile, ou semelhante? Porque se sim, a imagem dessas personagens é importante demais para elas simplesmente sumirem dentro do cânone da própria história. Se não, então eu apostaria minhas fichas num final feels delas sumindo sim.

Fábio "Mexicano"

A gente tem ficado cada vez mais meta a cada temporada e cada anime que passa :stuck_out_tongue:

Diego

Anime é uma mídia meta, afinal :smile: Não tem muito o que fazer.

Vinicius Marino

De fato, seria triste se essas personagens não deixassem uma memória.

Fábio "Mexicano"

Nesse sentido, acho que elas terem uma segunda chance depois de mortas já é algo maravilhoso o bastante.

Vinicius Marino

Agora sobre revitalizar: em vários episódios o Franchouchou realizou ações em comunidades de idosos. Será que teremos uma mensagem canhestra sobre o envelhecimento da população japonesa? :stuck_out_tongue_closed_eyes:

Fábio "Mexicano"

Elas estão criando novas memórias. Aqueles dois punks vão se lembrar para sempre delas. O pai da Lily vai se lembrar da idol idêntica à sua filha que o ajudou a superar sua perda. A Keiko vai se lembrar da motoqueira maluca igual a sua amiga falecida que pode ter salvado a vida de sua filha. A presidente daquela empresa ... vai ficar feliz por ter se esquecido de tudo o que viu nas termas aquele dia :stuck_out_tongue:

Gato de Ulthar

Pelo menos o anime está ajudando a revitalizar a Saga real! Não podemos negar que Zombieland Saga é um baita merchandising para a cidade!

Gato de Ulthar

Com isso ficamos por aqui! Até nosso próximo Café com Anime!

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