Empregadas, Dragões e...realismo ?

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Kobayashi-san Chi no Maid Dragon  (Miss Kobayashi's Dragon Maid, em ingles) é uma produção do estúdio KyoAni (abreviação para Kyoto Animation), exibida na temporada de inverno de 2017 (no caso, verão para o hemisfério sul). Mesma temporada de ACCA (MadHouse), Little Witch Academia (Trigger). Inspirado no mangá de mesmo nome, arte e estória de Cool-kyou Shinja (nome “artístico”) e serializado pela Monthly Action.

Maid Dragon (como será referido o anime a partir daqui) é mais um daqueles animes em que a pessoa que assiste sabe exatamente de onde partiu, qual propósito do mesmo e em qual onda o anime está surfando. Talvez por ser ,exatamente, dentro da faixa de nível do KyoAni que o anime não tenha sido um grande sucesso, ao mesmo tempo que está longe de ser um anime medíocre. É sensato afirmar que é uma obra esperada pelo KyoAni, não rompendo limites nem resistência. Em resumo, ser dentro do esperado para KyoAni implica em ser um anime acima da média de mercado, mesmo que (como será explicado no decorrer do texto) inseridos em tendências mainstreams, Maid Dragon tem todo um diferencial do KyoAni que o tira de um pântano de animes que, provavelmente, serão apagados no decorrer dos mais de 70 animes que saem por temporadas.

Nossa protagonista, Kobayashi-san. Aprecie essa fluidez desse cabelo animado.

A obra começa com o encontro de nossa protagonista Kobyashi-san com um enorme dragão na porta de seu apartamento. Já abismada com o animal mítico em sua frente, pior fica ao ver que o dragão se transforma em um humanoide com roupas de empregada vitoriana (daí o “Maid Dragon” do título, Maid = empregada e Dragon = Dragão), tem-se a apresentação de Toruu (um dragão de alguns milhares de anos) como uma serviçal de Kobayashi a pedido da mesma.

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Toruu, nosso querido dragão. Os olhos são lindos, eu sei.

É  explicado que certa feita Kobayashi bebeu muito, depois de mais um dia estressante como programadora e que terminou se encontrando com um dragão no meio do parque da cidade. Esse dragão estava com uma espada encravada em suas costas,o que levaria a criatura a morte, no entanto, só alguém dito “sem ambições” poderia tirar a espada, felizmente, Kobayashi foi a pessoa que retirou a espada de Toruu. Depois disso ambas beberam, lamuriando sobre os vícios, acidentes, fraquezas do viver e Kobayashi (lembrando, embrigada) faz um pedido a Toruu para morarem juntos, o que combinado com o ato de salvação, faz Toruu se apaixonar pela protagonista.

Bem, é de se esperar que se tenha um pequeno conflito dado a resistência de Kobayashi para permitir morar com Toruu, mas com uma construção de uma solução boa para um primeiro episódio. É explicado um pouco da dinâmica do mundo dos dragões (que é também dos seres míticos, como deuses, unicórnios, duendes, assim como de brigas de facções entre dragões da ordem, do caos e os neutros). Em seguida mais dragões aparecem na vida de Kobayashi, assim como do seu parceiro de trabalho.

Já no segundo episódios é apresentado a coisa mais fofa dos animes dos últimos três anos, brincadeiras a parte, Kobayashi recebe a visita de outro dragão, mas dessa vez já em forma humana de uma criança de oito anos. Mais um dragão para casa de Kobayashi, Kanna Kamui senhoras e senhores, inspiração para a frase “Ravioli Ravioli, don’t lewd the dragon loli” (Tradução: por favor, artista, não faça desenhos eróticos com uma criança de oito anos). Kanna se apresenta como um dragão do caos (mesma facção que Toruu participa) que buscando Toruu, que ela admira muito, quer vingança para com o humano que está impedindo Toruu de voltar para o mundo místico.  Por estar muito cansada da jornada para o lado humano (sem ter energia e poderes para retornar sozinha ao outro lado), Kanna não consegue nada mais do que dar tapas fofinhos em Kobayashi, uma explosão de fofura muito aconchegante. Tem-se a seguinte conclusão dada a situação da pequena: ela viverá com Tooru e Kobayashi por não ter onde viver no mundo dos humanos.

O ser mais fofo já visto. Kanna Kamui.

No decorrer dos episódios mais dragões são apresentados, mais ou menos guiados pelo mesmo desejo de ir atrás de Tooru. Fafnir, facção do caos, que gosta de tesouros e maldições, acaba morando com Takiya Makoto (trabalha com Kobayashi). Lucoa(Quetzalcoatl), um dragão neutro e antiga divindade humana, mora com o aprendiz de bruxo Shouta Magatsuchi. Elma, da fação da ordem e inimiga de Tooru, que acaba conseguindo um trabalho na empresa de Kobayashi e Takiya.

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Da esquerda para a direta:Elma, Kanna, Toruu e Lucoa
A sequência de eventos na obra é basicamente o descobrimento do mundo dos humanos, e a humanidade como um todo, por meio desses dragões que chegaram na vida de Takiya, Shouta e Kobayashi. É dentro desse contexto que surgem os arquétipos de personalidade, tornando a estória interessante, pois o anime não é uma narrativa sobre dragões, mistérios, conflitos literais entre dragões de facções diferentes, ou entre humanos e dragões, Maid Dragon trata de um conflito específico de cada humano em lidar com a sociedade,  de lidar com o diferente, de lidar com as oposições dos desejos pessoais frente a forças maiores do que cada indivíduos isolado.

A primeira a demonstrar tais arquétipos de personalidade é claramente Kobayashi, ela é o que se pode chamar de “estoica”, pode-se resumir tal termo na capacidade de nunca parecer muito surpresa (seja extremamente feliz ou triste) com o fato de seu dia a dia ter sido rodeado de dragões, bruxos, criaturas místicas e tutti quanti. Kobayashi segue tendo uma rotina clara: acorda, come o café (dessa vez feito por Tooru), trabalha até tarde ouvindo lero-lero do chefe, volta para casa cansada, janta (Tooru prepara) e dorme. Muitos podem afirmar o irrealismo da obra, como “de que maneira uma pessoa real aceitaria tal realidade quando as portas de outro mundo se abrem ?”.

Segue vídeo educativo sobre estoicismo, para maiores informações, não necessário, mas ajuda bastante a entender a psicologia e filosofia por trás de Kobayashi:


Bem, a resposta está naquilo que a humanidade (que o leitor está incluso, espero) sempre criou em períodos pacíficos como os atuais: rotina, deveres, responsabilidades , hierarquias, ordenamentos. Kobayashi é o reflexo da mentalidade mais atual possível: para fugir dos vícios da rotina é preciso muito mais do que magia, é preciso personalidade. A personagem sabe muito bem o que é ter pés no chão, sabe os limites da convivência social, sabe da estrutura em que está inserida. Kobayashi sabe que não é por ter Tooru e Kanna em seu apartamento que ela não deve dar satisfação ao ordenamento pacífico que a cerca. No entanto, é claro que a rotina de pessoas como da protagonista também levam a alguns problemas de ordem psicológica (e físicas) interessante.

Kobayashi tem dores nas costas, eventualmente bebe até estados deploráveis (sendo esse o gatilho para o começo da estória), tem certos problemas de autoestima e autoimagem (o que a leva a não ter parceiros/as românticos), problemas de se impor frente aos outros (como seu chefe que a oprime). Isso é impressionante, ela maneja tão bem um fato tão fantástico como “receber dragões em casa”, no decorrer da série é marcante como ela é uma ótima professora para todos os dragões que chegam a ela com problemas de entender a sociedade humana, mas é difícil ignorar as manchas que a vida em uma sociedade japonesa atual pode criar no caráter da nossa personagem: o estrito ritmo de competição, a escravidão dos horários, má alimentação, problemas interpessoais e profissionais, tudo isso também faz parte da formação da personagem principal.

Dificilmente um anime consegue explorar com tanto realismo esse antagonismo entre a realidade e a magia inserida tão bem na sociedade japonesa, mostrando a capacidade humana de lidar com o antagonismo e pressão da rotina, ao mesmo tempo é impressionante a capacidade da obra de expor as chagas psicológicas que afetam a mentalidade de um trabalhador e criança (já que tem-se referência a criança de Kobayashi) japonês médio .

Kobayashi é um tipo de personagem que é capaz de sintetizar uma realidade muito próxima da maioria do público, mas nem por isso caindo em algum tipo de personagem raso, estando ali apenas para agradar esse público. Como vem sido reforçado nas críticas escritas por mim, um grande ponto de uma obra é mostrar certo grau de realismo, ou seja a capacidade de espelhar um desejo, necessidade e vivência humana nos personagens, sempre fazendo com os que assistem terem a impressão de ter vivido cada pensamento, conflitos e situações específicas de cada linha de diálogo ou cada quadro de animação.

Não pode-se deixar de falar da dubladora de Kobayashi, Mutsumi Tamura (mesmo voz de Jinta de Ano Hana, Zorome de Darling in The Franxx, Izzy ou Izume ou Koushirou de  Digimon Tri.) sabe colocar a surpresa do primeiro contato com Toruu e Kanna, mas com o passar do tempo ver a estabilidade da voz de Kobayashi ao lidar com os dragões seguintes é de encher os olhos de lágrimas (de tão bela atuação). Um dos momentos mais icônicos dessa adaptação é quando no episódio 8, a casa de Kobayashi tem a parede explodida por Elma, a pouca surpresa da principal ao ver tudo no chão e ainda acalmar os ânimos de ambos os dragões evitando o conflito é um show de como a personalidade e voz de Koabyashi são um exemplo do estoicismo e sua capacidade de aceitar a realidade concreta de seus surreais eventos diários.

Ao fim, todo esse mar de texto é para concluir (mesmo ainda faltando falar de Toruu e Kanna) que a “best girl” é Kobayashi-san.

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Esse olhar tem mais potencial que grande partes do animes da temporada em que foi lançado.

Voltando aos nossos personagens.  É justo falar de dois dragões que também podem ser considerados principais na obra: Kamui Kanna e Toruu. Ambas representam o “outro lado” dos conflitos, por meio delas pode-se perceber as “incogruências” da vida em uma sociedade humana, civilizada e complexa. O arcabouço da sociedade dos dragões, por mais refinado que seja (com suas facções e famílias poderosas), ainda vive em um estado predatório que torna difícil para Kanna e Toruu entenderem como a sociedade humana consegue suportar tamanhas rotinas monótonas (relativamente opressivas, forçadamente cooperativas) sem que se recorra a violência bruta.

Um dos exemplos disso, é quando Kanna (uma criança, até mesmo para parâmetros humanos) pede para Kobayashi matriculá-la na escola primária. A escola, como todos sabem, é uma ambiente onde vemos o ápice da civilização, um lugar de comando e controle, coordenação societal forçada, hierarquias, coletivismo e tutti quanti. Toruu ao ver como foi o dia de aula de Kanna, não consegue entender como aquele ambiente pode deixar a pequena dragonete feliz. Isso é importante em Maid Dragon, esses pequenos aspectos que formam a humanidade parecem tomar significado quando questionados. Kobayashi aparece como uma ótima professora do que se trata viver em sociedade, ela não faz floreios em explicar que a escola é um local que mata a individualidade, nivela os níveis mais baixos, limita a liberdade, mas que é por meio desse local que a humanidade agrega os mais fracos, excluídos, e tímidos ao grau de socialização e harmonia com o todo. Isso tudo sem nunca esconder os desvios malignos(como a exclusão, isolamento e bullying que são mais do que mortais no Japão).

Em Maid Dragon, os questionamentos dos dragões, acostumados e filtrados pela violência natural do mundo que os cerca, são chaves para aulas de sociologia muito mais conectados a realidade concretas das pessoas do que parece. É importante salientar como a construção psicológicas de Toruu e Kanna também se assemelham com a construção psicológica de Kobayashi. As três tem problemas com seus pais e suas funções dadas pela sociedade. Assim como Kobayashi não teve os elogios necessários em sua infância, nem as maiores demonstrações de carinho e afeto, o mesmo é válido para Toruu e Kanna, cujo os pais apenas as jogaram em meio ao eterno conflito entre facções, não as vendo como seres dotados de personalidade, mas como objetos.

Essas chagas levam as interações entre as três serem muito reais e próximas de conflitos concretos, a incapacidade de Kobayashi em aceitar elogios e declarações dos dragões é legítima e aceitável. Ao mesmo tempo, o fato de Kanna desejar a atenção da figura materna de Kobayashi-san (sendo que já existe a imagem de “irmã mais velha” de Toruu) é totalmente dentro dos limites do que é apresentando. Até a paixão incessante de Toruu e as reações de Kobayashi a esse amor, tem um certo sentido no ordenamento narrativo.

Em muitos momentos, pode-se afirmar que existe uma alusão à formação de família (em algum momento talvez sobre a vida de mãe solteira), aos papeis dentro de um lar, ao respeito entre os amantes (lembrando que a sugestão de Yuri é rara na obra).

Existem contribuições de Fafnir ao relatar sua amizade e exclusivismo com Takya, mostrando como é possível carregar um ódio massivo pela humanidade, desprezando-a, desconfiando de tudo que ela produz, e ao mesmo tempo aceitar o produto humanizado da amizade entre duas pessoas. Fafnir representa um aspecto de nosso ódio para com tudo aquilo que não faz parte “do que é nosso”, o que combina bastante com o dragão, já que ele é apresentado como um dragão que acumula tesouros e ao mesmo tempo especialista em maldições. Não muito diferente das pessoas, Fafnir é o primeiro a amar “os seus tesouros”, assim como o primeiro a amaldiçoar tudo mais que não faz parte desse aspecto “do meu”, não percebendo que aquilo, o tal “tesouro” dele, não passa de um produto comum do “todo” que ele odeia. Isso pode ser dito, porque Takya é um mero otaku, gamer, trabalhador japonês, tímido, cheio de hobbies e vícios, bagunceiro, um produto não muito raro da sociedade japonesa.

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"Está dizendo que você e um dragão são iguais, humano ?!" Esse é o Fafnir lá pelo episódio 8, se não me engano.
Pode-se ficar páginas e páginas mostrando os traços psicológicos dos dragões: desde de Elma e sua obsessão com a “ordem” que a leva a megalomania e arrogância que  levou ao colapso das civilizações humanas que ela tentou “organizar” se valendo dessa arrogância ordeira. Também poderia falar de Lucoa, sua neutralidade (sua facção é observadora, neutra) e desprendimento inerente, que mesmo assim não abandona o pequeno Shouta, revelando muito os lados falhos e até sexualizados da visão materna que o dragão tenta impor sobre ela mesma.

Voltando aos dois dragões principais, Toruu e Kanna, é necessário destacar a voz de Naganawa Maria (uma jovenzinha de 21 anos,  que aparenta ter futuro na indústria) em Kanna, pois a mesma tem um tom mais frio e fofo possível, a voz não tem muito oscilações, sempre gira em torno dessa beleza fria atrelado a fofura. Toruu tem uma voz marcante, sempre mais enérgica, talvez uma voz que poderia cair no esquecimento, dado o tom que o personagem se expressa, mas a voz de Kuwahara Yuuki é de fato marcante, uma atuação difícil de colocar defeitos dado que nos poucos momentos que existe uma aura diferente dessa de “energia natural” a dubladora sabe muito bem como dar carinho, ternura, melancolia e até sensualidade na voz.

E lembrando que um dos fortes da obra é sua comédia, de fato é possível rir com as aventuras dos dragões, mas creio que a atenção que a obra chamou não foi devido as grandes sacadas de comédia (mesmo que o Youtube sugira muitas cenas de comédia do anime).

Partindo para as partes técnicas da obra, não tem muito que falar para aqueles acostumados do estilo KyoAni e sua equipe. A direção de Yasuhiro Takemoto (mesmo de Hyoka, Suzumiya Haruhi, Amagi Park, Full Metal Panic) é de um calibre enorme, uma passada natural, nem de longe você sente pressa no seguimento da narrativa, de igual modo não parece que a narrativa está apenas chutando um cavalo morto, talvez a única crítica justa é que devido a serialização de apenas 12 eps, cortaram um evento que iria introduzir um personagem a mais na trama. No entanto (depois de ler o mangá) percebe-se que isso não tirou substância da obra, mas será um problema talvez para ordenar detalhes em uma futura continuação (sem o menor sinal de anúncio, anúncio esse que não tenho mais esperenças).

Na direção de som, tem-se o monstro chamado Tsuruoka Youta (mesmo de vários Monogatari series, Clannad, Hibike Euphonium, Violet Evergarden, a lista é enorme, com obras de um calibre sonoro genial) aqui não existe erro, junta com a composição da experiente Masumi Itou fica tudo uma “lindeza”, muita harmonia, cria-se o ar de comédia quando necessário, além de passar uma calma inerente da rotina mágica e humana que pretende-se ambientar (com uma pitada de drama para alguns momentos), sem erros de inserção, cenas entrando na orientação da música (e vice e versa). Segue trilha sonora completa, para total apreciação, recomendo fortemente que os leitores escutem:



A abertura é cantada por “fhána”, divertida, dá um ótimo aperitivo da série, mas nada de destaque comparado, principalmente, ao conteúdo da trilha mesma da obra. O fechamento fica por conta de “rionos”, com a colaboração das dubladoras de Kanna e Tooru.

A parte da arte é o sempre paradigma do KyoAni: pegue o design do “sucesso” de K-on e vá refinando o mesmo até onde o público aguentar. O background é feito com esmero, os rosto são redondos, olhos cintilantes, cabelos fluidos, no caso de Dragon Maid eles fizeram algo maravilhoso, já que os desenhos do mangá são instáveis e  vezes risíveis de desproporcionais (mãos e braços são coisas horrendas em alguns cortes).

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Basicamente, a cena de encontro entre Kobayashi e Kanna, o cuidado do KyoAni é de encher os olhos de lágrimas.

Dito tudo isso, é possível afirmar que o KyoAni fez o que sempre fez com obras, uma boa equipe, experiente, preparada. Não existiu um processo ,como no caso de “Violet Evergarden”, de dar um salto criativo (pelo menos no sentido de animação e trilha sonora), mas isso não torna a obra menos ou mais valiosa, os seus pedaços são compostos de maneira acima da média do mercado. No entanto, nunca poderia dizer que Dragon Maid é a melhor narrativa do mundo e a melhor exploração da natureza humana (tem seu valor como, mas nunca esse será o foco da saga), Dragon Maid é só mais uma obra adaptada de maneira segura pelo estúdio, se valendo de uma equipe segura, experiente, sem espaço para erros grandes.

A experiência da série vale a pena? Certeza que sim, elementos coordenados, esteticamente belo, bom para os ouvidos, certa exploração do gênero humano é apresentada, ambientação dentro dos conformes, narrativa dentro da ordem dos eventos temporais e psíquicos. Dentro de seus gêneros e do seu tempo (desde a passagem K-on, Suzumiya e até Hyoka, por exemplo) é uma obra que agradará a muitos, no mercado você dificilmente achará coisa melhor para hoje, mas como dito, não é A OBRA (não pode-se extrapolar nem que seja o melhor anime de 2017), é o investimento seguro de um estúdio forte, que não fez nada diferente do que sempre fez quando lança um título (número acima da média para uma industria cheia de pequenos participantes), nada mais que isso.

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